Prazer, Alan Muller!
Como muitos, minha porta de entrada para os esportes de altura foi com o rapel há cerca de dezoito anos. Influenciado por minha prima que me convidou pra fazer num belo fim de semana, tive o primeiro contato com a rocha e com os equipamentos, porém, em pouco tempo, apenas descer perdeu a graça. E, assim, com o incentivo de um grande amigo, comecei a escalar e nunca mais parei. Ao longo dessas últimas quase duas décadas, o que era um hobby se tornou uma paixão, e essa paixão me moveu às montanhas mais desafiadoras.
No Brasil, conheci os picos mais importantes e renomados, com diversas viagens a lugares como Salinas e Pedra do Baú, onde aprendi e desenvolvi técnicas, logística e planejamento para vias tradicionais comprometedoras, e outras tantas à Serra do Cipó, passa 20, buraco do padre, falésia dos olhos, arcos e outros locais onde predominam a escalada esportiva, pude me dedicar a refinar a parte atlética, adquirida em incontáveis escaladas em locais como o Totem do Pão de Açúcar, Campo Escola 2000, Platô da Lagoa, barrinha e falésia do Ser. No exterior, além da Trilha Inca, considerada por muitos o melhor trekking da América do Sul, escalei as imponentes Illimani (6438 metros) e, por duas vezes, a Huayana Potosi (6088 metros), colocando à prova minha bagagem adquirida em centenas de investidas pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos, tanto em travessias Petro x Terê, como em cordadas no Dedo de Deus, Agulha do Diabo e Escalavrado. De tanto que aprendi ao longo dessa trajetória, há mais de treze anos compartilho meu conhecimento através de cursos de escalada em rocha, e guio, com segurança e ética, escaladores e aventureiros que estejam dispostos a conhecer ou se aprofundar no mundo outdoor.